terça-feira, 16 de abril de 2013

Pela metade

Quanto mais o tempo passa, mais me convenço de que sou mesmo muito antiquado. Por exemplo, mesmo que eu tivesse o corpinho mais sarado do momento, jamais usaria um novo modelo de cueca que está sendo vendido na França. Constrangido com as fotografias, particularmente com a depilação ridícula do camarada, abstenho-me de reproduzi-las e disponibilizo apenas o link.

Ao conceber uma cueca pela metade, o fabricante aposta que, quanto menos tecido, maior o conforto. Ledo engano. Acredito que, quando as pessoas se vestem, a sensação de proteção também é um ingrediente do conforto. Tenho a impressão de que, se a cueca prende apenas por um lado, para não escapar, liberando as partes do usuário, terá que haver uma pressão maior (assim como um vestido ou blusa tomara-que-caia, justamente por não se apoiar sobre os ombros, tem sempre um elástico prendendo ou o tecido é mais resistente, para não expor acidentalmente os seios da mulher). Para mim, é bem mais desconfortável do que o original.

Tirei o blog do ostracismo para dizer isto: eu tô fora.

2 comentários:

Adelino Neto disse...

Vi as fotos e a sensação imediata foi de incômodo, ao me imaginar usando isso. Não vai emplacar. E se emplacar, será modismo passageiro e restrito. Deve ser absurdamente desconfortável.

Yúdice Andrade disse...

Concordo plenamente, Adelino. Achou um horror. Feio, brega e desconfortável. Quem tem uma ideia dessas?